“Eu Sou” (em hebraico, Ehyeh-Asher-Ehyeh) é uma forma de Deus se revelar como eterno e autoexistente, sem depender de qualquer outra coisa ou pessoa para existir. Essa revelação tem um significado profundo, indicando a natureza imutável e soberana de Deus.
Este é o nome do eterno, e foi revelado a Moisés.
2. Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou YHWH (EU SOU).
3. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso (El Shaddai), mas pelo meu nome, (YHWH), não lhes fui perfeitamente conhecido.
YHWH, ou seja, (O NOME / HASHEM), o criador de todas as coisas, É em si mesmo, em outras palavras, ELE É autoexistente, ou ainda, é a própria existência, e chama à existência as coisas que ainda não existem.
Romanos 4:17: “(como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.”
Isaías 46:9-10. Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.
Gênesis 2:7 : “Então, formou o Senhor Deus (YHWH) ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”
Quando HASHEM (YHWH), criou o homem, trouxe à existência aquele que não existia. Para isso, soprou em suas narinas o fôlego de vida.
O ser humano não começa sua formação apenas desde a concepção, o encontro entre um homem e uma mulher, não somente o encontro da célula masculina com a feminina, todo o momento que o homem vive com a mulher, desde que se conheceram até a concepção, o que já seria em si uma incrível coincidência.
Neste sentido, cada ser humano é o encontro de milhares de gerações de homens e mulheres que se amaram, e se encontraram de alguma forma para produzir você, caro leitor.
Cada momento, cada sequência de coincidências que foram cumulativamente colaborando para criar um novo ser humano.
Você não é mera obra do acaso, mas uma seqüência tão incrível de “coincidências” para formar você, desde o primeiro homem que viveu até você, de geração em geração, para produzir o último ser humano desta árvore, que é você, que pode pensar, raciocinar e que existe.
Perceba que desde o momento em que você nasceu e tomou consciência de si, o passado e o futuro nunca existiram senão em sua mente, mas apenas o presente existiu, existe, e existirá, o eterno aqui e agora do ser, ou seja, a existência que está além do passado e do futuro.
No entanto o único que existe em si mesmo é o criador de todas as coisas e que chama à existência as coisas que ainda não são. O fato de você existir é na verdade, uma dádiva do eterno, que deu a você o fôlego de vida, e permitiu que você experimentasse a existência.
E isto não é obra do acaso, pois não existem coincidências; Cada mínima coisa que acontece em seu dia, não é obra do acaso.
Aquele que é, que era, e que há de vir, é com você. Ele nos dá a capacidade de escolha, o que faremos com isso? Quais escolhas faremos?
A expressão “Eu serei contigo” aparece diversas vezes na Bíblia, especialmente em momentos em que Deus promete sua presença e ajuda a indivíduos em situações difíceis. Esse “ser” pode ser relacionado ao nome de Hashem principalmente em função da revelação do nome divino em Êxodo 3:14, quando Deus se revela como “Eu Sou” (em hebraico, Ehyeh-Asher-Ehyeh), que pode ser traduzido também como “Eu Serei o que Serei”. Esse nome divino implica a eternidade e a presença constante de Deus.
A raiz hebraica do verbo “ser” (הָיָה, hayah) está associada ao nome de Deus. A forma “Ehyeh” (Eu serei/Eu sou) usada em Êxodo 3:14 revela a natureza de Deus como eterno e sempre presente. Assim, quando Deus diz “Eu serei contigo”, como faz em várias passagens, como em Êxodo 3:12:
“E Deus disse: Certamente Eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: quando houveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte.”
Essa expressão reforça a ideia de que o próprio Deus, identificado com o “Eu Sou” ou “Eu Serei”, está sempre presente e atuante junto a quem Ele promete ajudar. A ligação entre o verbo “ser” e o nome de Deus sublinha a constância e fidelidade de Sua presença, independentemente das circunstâncias.
Portanto, sempre que a expressão “Eu serei contigo” aparece, está embutida a ideia da presença ativa de Deus, que está profundamente ligada ao Seu nome e à revelação de Sua natureza.
Salmos 139:7-8:
“Para onde me ausentarei do teu espírito? Para onde fugirei da tua presença? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também.”
Apesar de Deus ser onipresente, a sensação de “distância” de Deus está mais relacionada à experiência subjetiva da pessoa, à maneira como o ser humano percebe a presença ou ausência de Deus em sua vida. A Bíblia freqüentemente usa a linguagem de “proximidade” ou “distância” de Deus para descrever o estado espiritual ou moral do ser humano, e não um distanciamento físico de Deus.
Por exemplo, Deus pode parecer “distante” em momentos de julgamento, pecado ou desobediência, mas isso não significa que Ele tenha literalmente se ausentado. Em passagens como Isaías 59:2, vemos que a sensação de afastamento é causada pela quebra da comunhão com Deus:
“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”
Nesse sentido, a “distância” de Deus é uma questão de relacionamento e percepção espiritual. O pecado ou a desobediência podem gerar uma sensação de afastamento, mas isso não implica que Deus tenha deixado de ser onipresente.
Deus também é descrito como estando “próximo” daqueles que o buscam com sinceridade, conforme vemos em Jeremias 29:13:
“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”
Portanto, a experiência da proximidade ou distância de HASHEM (YHWH) depende mais do estado espiritual e da atitude do ser humano em relação a Deus do que de sua real presença, que é constante e onipresente.
Apocalipse 1:8 “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”
Aqui, o título “Aquele que é, que era e que há de vir” aponta para a eternidade de Deus, que transcende o tempo e existe de forma contínua e absoluta. A referência ao Alfa e Ômega também reforça essa ideia, simbolizando a primeira e a última letra do alfabeto grego, o que significa que Deus está presente em todas as coisas, desde o princípio até o fim, ou ainda, o início e o fim de tudo.
A expressão “Todo-Poderoso” (no grego, Pantokrátor) reflete a ideia de que Deus tem poder absoluto sobre tudo que existe. No contexto do Apocalipse, essa descrição de Deus como o soberano eterno oferece conforto e certeza aos crentes, pois ressalta que Ele tem controle sobre a história e o futuro.
1 Samuel 9:15-17: “Ora, o Senhor revelara isto aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul chegasse, dizendo: Amanhã a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por príncipe sobre o meu povo de Israel; e ele livrará o meu povo das mãos dos filisteus; porque atentei para o meu povo, porque o seu clamor chegou a mim. Quando Samuel viu a Saul, o Senhor lhe disse: Eis o homem de quem te falei; este dominará sobre o meu povo.”
O capítulo 9, do verso 1 ao 15, relata tudo o que ocorreu, uma sequência de eventos, que na verdade estava sendo conduzido por HASHEM (YHWH), nada daquilo era coincidência. A prova disso é a frase (amanhã a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim).
2 Reis 7:1-2 Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas, dar-se-á uma medida de farinha por um siclo e duas medidas de cevada por um siclo, à porta de Samaria.
Porém o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, respondeu ao homem de Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia suceder isso? Disse o profeta: Eis que o verás com os teus próprios olhos, porém disso não comerás.
Mais tarde, no mesmo capítulo, quando os leprosos descobriram que o exército sírio havia fugido e deixado para trás suprimentos abundantes, a fome de Samaria chegou ao fim, e os preços dos alimentos caíram drasticamente, como Eliseu havia predito. O evento foi um cumprimento direto da palavra de Deus dada através do profeta.
O capitão, que havia duvidado da palavra do profeta, acabou vendo o cumprimento da profecia, mas, conforme Eliseu previu, não pôde usufruir disso, pois ele foi pisoteado na porta da cidade pelo povo faminto, conforme registrado em 2 Reis 7:16-20.
Essa história ilustra o poder da palavra profética e a soberania de Deus ao realizar milagres, mesmo quando as circunstâncias parecem impossíveis do ponto de vista humano.
Salmos 91:14 :
“Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome.”
Neste versículo, Deus promete livrar e proteger aqueles que O amam e conhecem o Seu nome. O “conhecer o nome” de Deus, no contexto bíblico, vai além de simplesmente saber qual é o nome de Deus (YHWH). Refere-se a um relacionamento íntimo e profundo com Ele, reconhecendo Sua natureza, Seu caráter, e vivendo em aliança e confiança n’Ele.
Na tradição bíblica, o nome de Deus é uma expressão de Sua identidade e poder. Conhecer o nome de Deus implica:
- Relacionamento Pessoal: Envolve uma intimidade com Deus, uma confiança profunda em quem Ele é e no que Ele faz.
- Fé e Dependência: A pessoa que conhece o nome de Deus é alguém que confia em Seu caráter e em Suas promessas, dependendo de Sua fidelidade e cuidado.
- Obediência e Adoração: Conhecer o nome de Deus também significa honrar e obedecer à Sua vontade, vivendo uma vida de adoração e reverência.
Assim, Deus promete livramento e segurança àqueles que se apegam a Ele com amor e conhecem Seu nome, o que significa confiar plenamente em Sua pessoa e caráter, vivendo em comunhão com Ele.
